quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

30 de Fevereiro

Onde estás?!.
O mês acaba assim (dia 28)?!.
Então e os quatro meses do Vicente?!.
(...)
Passa dos três para os cinco?!.
Mas que raio...
:)

Vergonha alheia

Querem sentir?!.
Vergonha por mim, de mim, sei lá!.
Fui às compras.
(Até aqui tudo bem).
Não tivesse o Vicente ficado todo mal disposto.
(Peguei nele ao colo).
Entretanto, já mesmo quase no fim das compras...
lembro-me que falta noz-moscada.
(E puré de batata sem esta especiaria é para esquecer).
E lá vou, até ao corredor da dita.
Mas a noz-moscada estava mesmo lá no fundo...
na última prateleira.
(Eu de saia e com o Vicente ao colo).
Vi uma senhora a jeito.
E pedi-lhe O FAVOR de tirar a especiaria para mim.
A senhora simpática, baixa-se junto a mim para caçar a noz-moscada e..
(vergonha, vergonha, vergonha)
a parte de cima da cabeça dela ficou branca. BRANCA.
Ficou a parte de cima da cabeça dela e eu... congelei.
(Nem percebi logo o que tinha acontecido).
Senti que a senhora me matou com o olhar...
depois olhei para o meu vestido...
e depois para o Vicente...
aiiiiiiiiiiiiii
Tudo bolsado.
"Rais parta" a noz-moscada!.
A senhora devia ter acabado de sair do cabeleireiro...
cabeça impecável...
e para lá teve de voltar.
Eu pedi mil desculpas e corri para casa.
Que horror!

(Ainda estou com vergonha).

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

O mano cresceu

Já tem quase quatro meses.
E...
O ar do Salvador a olhar para o irmão chega a ser dilacerante.
Encostado à parede.
Com ar desconfiado.
Olhos de Lince.
E ali fica...
Impávido e sereno.
A observar o irmão.
Que, de repente, já passa horas acordado.
Já se ri e dobra o riso.
(E anda felicíssimo porque acabou de descobrir que tem mãos!!!).
O Salvador deve pensar:
Mas o que é isto?!
Ainda agora o meu irmão parecia um pãozinho sem sal e agora é este forrobodó?!
Inesperadamente, comecei a sentir o Salvador meio tristonho.
Fui buscá-lo.
(Ele já começava a ser parte integrante da parede).
Expliquei-lhe que tudo o que se está a passar é normal.
Que o irmão já tem quase quatro meses.
E que, a partir de agora, vai ser muito mais divertido.
Para todos...
(...)
E para mim...
Vai ser uma estafa!!!.













terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Atleta em ascensão


O Salvador adora água.
É completamente louco pela natação.
O pior, é que agora pensa que vai participar nos Jogos Olímpicos na categoria dos saltos para a água.
E decidiu começar a treinar fervorosamente.
Na nossa casa.
Na nossa banheira.
(arghhhhhhhhhhhhh)
O Salvador está a tornar-se especialista no salto em parafuso.
Só pelo nome dá para imaginar... aquele corpinho de 16 quilos a rodar dentro da banheira e...
água por todo o lado!!!.
Perdeu completamente o juízo.
E faz-me perder o meu!!!.
A minha casa de banho mete medo ao CAOS!!!.
Ao CAOS!!!.

Escusado será dizer que agora, cá em casa... SÓ duches...









segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Raios e coriscos


Este susto http://2queparecem4.blogspot.pt/2013/01/acordar-assustador-semana-passada-perdi.html
não me serviu de nada...
Este fim-de-semana, já estava eu atrás do sol posto... quando a minha vizinha me liga a dizer que tinha deixado a chave do lado de fora da porta!!!.
Isto de não dormir uma noite seguida... não dá saúde!!!
:))

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Calvin & Hobbes..


Conhecem?!
As tiras cómicas de banda desenhada, sobre um miúdo (Calvin) e o seu tigre (Hobbes)?!.
O meu irmão (um ano mais velho que eu) "devorava" os livros.
Lembro-me de o ver deitado na cama a rir às gargalhadas.
Ficava a noite toda naquilo!.
Agora percebo o porquê deste livro ter entrado tão cedo na minha vida, ainda que, pelas mãos do meu irmão.
É que...
Existe muito pouca diferença entre o Calvin e o Salvador.
As semelhanças físicas são evidentes.
E as de personalidade TAMBÉM.
O Calvin tem seis anos, o Salvador dois.
Mas é exactamente SÓ isso que os distingue.
JURO.
O resto é igual.
IGUAL.
Espero que o Bill Watterson esteja orgulhoso por saber que as aventuras continuam.
Ao vivo e a cores... na minha casa!!!

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Sweet home

Depois de uma tarde maravilhosamente bem passada.
De uma ida ao Guincho.
De um lanche delicioso em óptima companhia.
Depois de matar saudades de uma amiga que "amo".
Depois de ver os nossos filhos a brincar juntos.
Depois de me rir às gargalhadas.
Depois de comer um bolo hiper calórico e delicioso.
Depois da estafadeira, entramos no carro.
Diz o Salvador:
-Vamos para casa?!
-Sim, meu amor.
-Que bom mãe... vamos para o mimo!!!





sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Namorar

Todos os dias durante dois minutos.
Disseram-me que bastam dois minutos por dia.
Dois minutos a dois.
E quem disse, sabe o que diz!.
Dois minutos. JURO.
Dois minutos sagrados.
Dois minutos em que é proibido falar de dinheiro, problemas, ou trabalho.
Dois minutos para namorar.
Agarrados.
Esses dois minutos valem ouro e fazem diferença.
Toda a diferença.
Eu já "gastei" os meus dois minutos de hoje.
E era daqueles dias que ficava todo o dia nisto...
E dos dois minutos fazia, pelo menos, duas horas...
Quantos mais minutos, melhor.
Mas dois são obrigatórios!!!.





quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Ponto fraco

Todas as famílias têm um...
O nosso é o estilo. Ou a falta dele...
Nem o Vicente (que só tem 3 meses) aguenta um body de golas mais de cinco minutos.
(E nem sequer falo das golas bordadas ou duplas!).
Tenho um irmão, que tem quatro filhos.
Quatro seguidos - seguidos - (vénias, vénias, vénias) e os veste de igual.
São a coisa mais querida.
Vê-los passar na rua, todos, de mãos-dadas, em escadinha e vestidos de igual é qualquer coisa.
Estão sempre com um ar querido, impecáveis e cabelos penteados.
São quatro rapazes.
Um mimo. Mesmo.
Tenho várias amigas que também vestem os filhos a condizer. Que também adoro.
E ainda conheço pessoas que para além dos filhos a condizer, elas próprias têm algum apontamento que condiz com os filhos.
Se não for nada de muito exagerado, ainda adoro mais.
Acho lindo.
Harmonioso.
Mas...
Não consigo essa proeza cá em casa.
Nem pensar.
Não consigo disfarçar os meus "lobos" de "cordeirinhos".
Nem por um dia.
Nem para uma festa.
Nem uma vez.
Credo.
O estilo do Salvador é completamente "mogli" (Livro da Selva).
Por ele, andava sempre todo nu, com o cabelo no ar e a correr no meio da rua.
(É a essência dele!).
O Vicente muda 20 vezes de roupa todos os dias.
Sempre bolsado.
E eu, quanto mais sexy tento ser, mais me sai "o tiro pela culatra".

Algum fashion adviser por aí?!.
:))








quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Holding hands

(Deitada na cama a adormecer o Salvador)
Diz-me ele:

-Mãe, dá-me a mão...
(Enquanto lhe dava a mão) diz ele outra vez:
-É para não teres medo.



Oh no... not you again!


A maioria das pessoas que conheço tem pequenos "traumas" de infância.
Talvez "trauma" não seja a palavra certa mas têm alguma coisa a apontar aos pais.
Uns eram demasiado exigentes, outros demasiado permissivos. 
Uns eram demasiado "colas", outros distantes.
Alguns iam a todas as festas e piqueniques da escola. Outros estavam sempre a trabalhar e não iam a sítio nenhum.
Enfim...
Como diz o ditado e bem, "quem não se sente, não é filho de boa gente!".
Houve sempre qualquer coisa que os nossos pais fizeram que nos deixou "traumatizados", envergonhados, chateados, irritados, exasperados.
Eu não fujo à regra. 
E como filha, também tenho as minhas queixas e ressentimentos. 
Mas agora venho falar como mãe.
Falar dos meu "traumas" de mãe.
Ser "queixinhas". 
Desabafar.
É que isto dos dois anos é de LOUCOS.
Os Terrible Twos estão a dar-me cá uma luta. 
Não é fácil.
Repito 40 vezes por dia ao Salvador que:
-Não se pode levantar da mesa durante as refeições
-Não pode andar todo nu/ nem ir para a escola em "pelota"
-Que as figuras rupestres eram feitas nas paredes - sim, senhor- mas a pré-história já passou e agora existe uma coisa formidável chamada papel. 
-Que não pode estar sempre a lamber o irmão. 
(...)
E quando ele ouve o "NÃO"... 
Tchan, tchan, tchan, tchan...
A BIRRA!!!
(lembram-se dela?! a inquilina nova que decidiu vir morar connosco?!.
(Eu que - mesmo com esta crise - nunca tive vontade de emigrar, às vezes com estas birras sinto-me capaz de escalar o Monte Evereste).



terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Nova inquilina


Já vos falei dela?!.
Da pessoa que decidiu vir morar connosco?!.
Ainda não?!.
Apresento-vos:
A BIRRA!!!.
É uma senhora já de idade, pré-histórica mesmo!.
Um tanto ou quanto cansativa e repetitiva.
Para ser franca... a companhia dela é uma maçada.
Enfim...
Já que ela veio e insiste em ficar...
Vamos tratar dela com todo o carinho, PACIÊNCIA e respeito.















Addicted


Hoje foi a primeira vez que deixei este sorriso com outra pessoa durante o dia.
Imagino a minha sogra toda contente por ter a cria só para ela, enquanto eu me sinto como a Antárctida sem pinguins.
Este sorriso é qualquer coisa. É viciante.
E o cheirinho?!.
Sinto-me uma "bolsadodependente", quase, quase a precisar de narcóticos.
Enfim...
Já não sei o que é passar um dia com a camisola limpa e sem dores nas costas. 
Tive de ir tratar do meu carro. Dedicar-lhe o dia.
E.. bendito dia!!!
Não me perguntem como mas encontrei um saco cheio de roupa dentro do carro. 
A roupa já estava a criar "grelos". DOS GRANDES!!!. 
Deixei lá a roupa num dia, no dia seguinte entrei em trabalho de parto e nunca mais me lembrei...
Encontrei os calções que eu julguei que tivessem sido levados por extraterrestres. 
Agora que já tenho o assunto do carro tratado e os calções comigo... vou buscar o meu vício!!!.




segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Mommy's house



Dormir em casa da minha mãe, depois de ter sido mãe é a melhor sensação do mundo.
É impressão minha, ou existe mesmo qualquer coisa mágica em casa das mães?!.
(Acho que me sabe ainda melhor por, pelo menos uma noite, me "livrar" de tanta testosterona!!!).
Tenho de tratar na mesma do meu bebé mas tenho alguém que cuida de mim.
Que me dá mimo. Que me dá colo. Que repara no meu cabelo. Na minha gordura (ou falta dela).
Que me toca. Que me olha com olhar terno e sem juízos.
Consigo tomar um banho e tenho tempo para pôr creme ATÉ NAS UNHAS DOS PÉS!!!.
A casa é quente e tem o cheiro e o abraço da minha mãe.
Tem a comida dela, o frenesim, a cama cheia de almofadas, mantas quentes, um conforto, um mimo.
A parte melhor da casa da minha mãe:
-A casa cheira a roupa lavada - NADA CHEIRA A FRALDAS!!!
-Os sofás não têm embrenhado o cheiro a bolsado
-Não existem pilhas de roupa para lavar
-Não há legos escondidos no meio dos lençóis.
-A palavra "mãe" sai da minha boca!!!
Somos três gerações a partilhar uma cama, a mesma cama e sabe tão bem.
Mas confesso, que foi uma tortura não ouvir o Salvador cantar às 7:30 da manhã "o Tio Manel tinha uma quinta IAIAÕ" - (Já a minha sogra não se deve ter livrado da cantoria!!!).
Há uma cumplicidade, um conforto, uma partilha, um amor, uma segurança.
É bom passar uma noite em casa da minha mãe.
É bom saber que ainda sou filha, que não sou só mãe.
É bom aproveitar a minha mãe. 
E melhor de tudo:
É TÃO BOM acordar e não tropeçar num bacio!!!.













sábado, 16 de fevereiro de 2013

Babysitting

O que eu idealizei na minha cabeça:
Chegar a casa, descalçar-me, enfiar as criancinhas na cama e colar-me ao sofá.
A realidade:
Botas calçadas, crianças aos pulos, e mais custoso que tudo isso:
o sofá está para mim como a bolota está para o Scrat (Ice Age). Perto, perto, perto mas nunca chego lá.
Para tornar tudo ainda mais primoroso, recebi o telefonema de uma amiga para ficar com o filho dela à noite.
Escusado será dizer que o contentamento do Salvador (por ter mais uma criança em casa) contrabalança com a minha vontade de enfiar a cabeça no bidé!!!.
Para além das minhas duas criancinhas, tenho de ficar com mais uma que não é uma criancinha qualquer. É um pré-adolescente. Pânico. PÂ-NI-CO.
Qual é a parte que a minha amiga não percebe que eu só estou habituada a lidar com criancinhas que usam fralda e chucha.
Como é que EU vou entreter um pré-adolescente, na pré-puberdade, que já pensa que é adulto?!.
Pensei que ia sair traumatizada desta experiência. JURO.
Rapidamente percebi que não.
A pré-adolescência é isto?!.
Um miúdo impecável, adorável, vidrado no computador?!.
Nem dei por ele. Nem me comeu a comida toda de casa. (Lembro-me do meu irmão nesta idade comer 3 papo-secos ao lanche!).
No fundo, EU É QUE traumatizei este pré-adolescente.
Depois desta experiência ele não vai querer ser pai tão cedo!!!
(Pelo menos até se lembrar desta noite!)
O Vicente não parou de chorar.
O Salvador não parou de o "melgar".
E eu não parei de lhe oferecer comida!!!.
COITADO!.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Home together


O melhor momento do dia é sempre este.
Sempre.
Quando vou buscar o Salvador ao colégio. Quando o abraço.
Saber que esteve bem. Que se fartou de brincar. Que foi feliz.
Que está aqui. Que vamos juntos para casa. Que ficamos os três à espera do pai.
Não existe nada no mundo que se compare ao abraço da felicidade de um filho quando nos vê. (E só se passaram umas horas).
No dia em que a fotografia de um grupo de homens a transportar os cadáveres de duas crianças mortas em Gaza ganhou o World Press Photo, estes pequenos/grandes momentos em família tornam-se ainda mais importantes.
Estes abraços tornam-se ainda mais preciosos.
Porque nos temos.
Porque estamos juntos.



quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Ala que é Cardoso

Na quarta classe ganhei as medalhas todas em corta-mato.
(E não foram assim tão poucas).
Desde então, nunca mais ganhei nada na vida.
Isto leva-me a crer, que a coisa em que fui melhor até hoje foi a "pisgar-me".
Ora...
se eu me "pisgo" tão bem, se sou assim tão boa a "dar à sola" e se já ganhei medalhas por "dar corda aos sapatos"... onde anda esse meu "dom" quando os miúdos desatam a chorar a meio da noite?!?.
É que juro que ando mais cansada que o cavalo do bandido em dias de fuga...

SO(PAgode)

Durante o banho pergunto ao Salvador:

-Filho, qual é a tua sopa preferida?
-É a que vai para a barriga!!!

Love Story


Quando comecei a namorar com o meu marido a primeira coisa que pensei foi: "oxalá seja romântico!".
Saiu-me a sorte grande.
É romântico.
Quem acompanhou o início do nosso caminho juntos sabe que não foi fácil.
Sobretudo porque eu tinha acabado de sair de outra relação. Era tudo demasiado recente.
Mas qual é o grande amor que não passa por provações?.
E aqui estamos nós.
De mãos dadas na vida.
Juntos na luta.
Parceiros neste caminho às vezes cheio de pedregulhos.
Descrevo o nosso amor como verdadeiro, intenso, saudável, frenético, apaixonado, louco.
Vivemos e aproveitamos o hoje.
Curtimos ao máximo os nossos filhos.
Vivemos felizes com o que temos.
É uma vida partilhada, inspirada, cheia de sonhos. Muitos deles sabemos à partida que não se vão realizar. E daí?!.
Vivemos intensamente.
Tocamos as almas uns dos outros - todos os dias - com pequenos gestos.
Fazemos birras.
Temos dias de fugir.
Mas amamos-nos e levantamos-nos juntos.
Sempre.
Amo o meu marido com a minha alma. Com entrega. Assim como amo os meus filhos.
E no final do dia, seja ele bom ou mau, de rir ou de chorar, damos sempre um abraço.
Sempre.

Valentine's Day Every Day!

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Maldito sejas!

Sim, pijama de flanela estou a falar de ti.
O meu marido está a caminho de casa e devia encontrar uma mulher minimamente sexy. Descontraída. Cheia de amor para dar.
A realidade é bem diferente. É dura.
Pois que estou de pijama de flanela, cabelo despenteado, com um bebé ao colo e cheia de sono.
Maldito sejas pijama de flanela por seres tão confortável.
A culpa da minha desgraça é tua.


Any help?

Alguém me ajuda a explicar ao Salvador que:

-Tirar a cabeça a todos os bonecos é de loucos
-Existem coisas mais interessantes do que tirar as pilhas aos comandos de casa
-Deixar legos e bonecos da playmobil esquecidos debaixo do edredon da cama dos pais é DOLOROSO.
-Despejar o caixote dos brinquedos - só porque sim - é extremamente frustrante para quem arruma
-Pedir para ir à casa de banho depois de já ter o xixi a escorrer pelas pernas suja muita roupa
-Não precisa estar sempre a competir com o monstro das bolachas.
-Pensar que a nossa banheira é uma piscina olímpica não passa MESMO de um sonho
-Fazer da nossa sala um "Racing Festival" não é saudável para o chão

Obrigada.
:)))

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Brilhantina

Hoje cá em casa recordaram-se os anos 50.
E sem querer, o Salvador trouxe ao final do meu dia um espírito rock'n'roll maravilhoso.
Tudo porque decidiu fazer asneira.
(Daquelas que são irrepreensíveis !!!)
Com o Salvador jantado, de banho tomado, pijama vestido e pronto para a cama fui tratar do Vicente.
Deixei o Salvador a brincar no quarto.
(Juro que não se passaram mais de dois minutos)
Quando lá voltei, deparei-me com esta imagem:
O Salvador todo nu (só de fralda) e todo, (da ponta do cabelo à ponta dos pés) besuntado com óleo Johnson.
Todo ele brilhava. Todo ele reluzia.
Qual brilhantina. Qual Grease. Qual anos 50.
O cabelo do Salvador estava uma mistura do cabelo do John Travolta com o "topete" do Elvis Presley.
E o corpo brilhante, metia qualquer praticante de culturismo a um canto.
Agora dorme assim...
(Vou ficar com os lençóis lindos!!!)

Limões, para que vos quero?

Para fazer biscoitos com o Salvador!!!
(Simples, simples, simples)

Biscoitos de limão:

Ingredientes:
-Formas (eu tenho o Jurassic Park inteiro)
-3 chávenas de farinha
-1 chávena de açúcar amarelo
-250 gramas de margarina
-1 limão (sumo e raspas)

Preparar:
Ligar o forno a 220ºC.
Mexer a farinha, a margarina e o açúcar (com as mãos!!!) até ficar uma massa grossa.
Juntar o limão e as raspas.
Separar os bocados de massa e meter nas formas. (O Salvador fugiu com elas e já não quis saber dos biscoitos).
15 minutos no forno.
Ainda quentinhos meter açúcar por cima.

Have Fun

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Qual mandarim qual quê!

Durante o jantar cá em casa é assim. Quem perceber mais palavras do Salvador fica livre de arrumar a cozinha. Eu nunca me safo.

Panta - (levanta)
Malher - (colher)
Óia - (olha)
Tina - (gelatina)
Fante - (elefante)
Páti - (parte)
Gandi - (grande)
Bob o construtor - (areia) - JURO
Gua - (rua)
Pó natalo - (pai Natal)
Pão panteia - (pão com manteiga)
Laxa - (bolacha)
Pute - (iogurte)
Gui - (Rui)
Não xó - (não chora)
Cumcum - (chucha)
Bide - (David)
Áua - (água)
Pavori - (se faz favor)
Dêdêdê - (dedo) - esta é de loucos!!!
(Agora a minha preferida):
Minha mamã!!!
Palavras proibidas:
Fruta e cavalo!!!
:))))

Recordar é viver...


O meu depoimento para o livro "Socorro! sou mãe..." de Rita Ferro Alvim
(Escrevi este depoimento quando o Salvador nasceu. Já lá vão dois anos e cinco meses. E o amor ainda aumentou e agora duplicou com o nascimento do Vicente).

Palavra de mãe
Morrer de amores!, Ana Rolo
Profissão: mãe e jornalista
Filho: Salvador

O primeiro mês foi avassalador. Pensei que ia morrer de tanto amar. Quando o Salvador nasceu senti imediatamente um amor enorme, esmagador, avassalador... Um amor que me transtornou, mas que ao mesmo tempo me transformou, que me encheu de esperança, de paz, de sentimentos maravilhosos que nunca tinha sentido antes.
A primeira coisa que fiz foi chorar e agradecer. Senti-me abençoada. foi milagroso. Pensei  que o meu coração não aguentasse tanto amor e questionei-me como é que "as mães" sobrevivem porque eu, juro, pensei que ia morrer de tanto amar.
Depois do parto chorava desalmadamente, enquanto procurava a minha mãe. Precisava de abraçar alguém que sentisse o mesmo que eu, que soubesse o que é este amor, que o sentisse, que me ajudasse a acalmá-lo e a entendê-lo. A minha mãe abraçou-me, eu chorava e perguntava-lhe: "Mãe , como é que estás viva e não morreste de tanto amar?".
O Salvador mal tinha nascido e eu já achava que o mundo era pouco para ele. Senti que tudo o que a vida tinha era pouco. Ele merecia tudo. Queria-lhe dar tudo. Queria-lhe dar todo o amor do mundo naquele momento, naquele segundo, queria que ele o sentisse, que nada lhe escapasse, que ninguém o roubasse.
O amor foi de tal maneira forte que pedi desesperadamente que o tempo parasse, que ficássemos só os dois naquele momento de ternura e amor eterno, que a amamentação durasse para sempre.
O amor era tanto que pensei que não ia resistir a ouvi-lo chorar ou a vê-lo sofrer. Que não ia aguentar quando alguém lhe batesse ou ele caísse ou se magoasse.
Senti que o meu coração não me pertencia. Que o tinha entregue, que o Salvador o tinha "roubado".
A ligação foi logo tão intensa que passei um mês angustiada com o "peso" deste amor tão forte.
Entre a amamentação, os banhos e as fraldas, eu escrevia e reescrevia cartas de amor para ele e foi através desta "terapia" que tudo se resolveu.
Durante o primeiro mês, o amor foi-se transformando e passou de um amor louco e frenético para um amor tranquilo e cheio de paz.
Agora, amo o meu filho com a calma e a serenidade próprias de uma mãe.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

(DES)mascarada

Fui buscar a minha sobrinha (7 anos) para ir com o Salvador à festa de Carnaval da SIC K.
Quando estávamos a chegar eu disse (a brincar, claro):
-Ups, acho que não posso entrar. Não estou mascarada.
(Responde a minha sobrinha rapidamente)
-Não te preocupes tia, diz que estás mascarada de pessoa.
E assim foi.
:))

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Welcome to the jungle

Adorava receber pessoas em casa sem bananas esborrachadas nos vidros das janelas e legos espalhados por todo o lado.
Nos dias que tenho jantares em casa - como hoje - acreditem que me empenho para ter a casa impecável. Mas com filhos é IMPOSSÍVEL. A sério.
Vou começar pelo Salvador estar a largar as fraldas. Imaginem, os amigos chegam e a primeira coisa que descobrem é um xixi atrás de uma porta. Que belo cartão de visita. Um xixi.
Outra coisa que pode perfeitamente acontecer é brinquedos em sítios inacreditáveis. Parecem seres vivos - estão em todo o lado!!!.
Mas hoje isso não aconteceu.
Ufa!.
Nada de xixi nem legos nas retretes.
O meu coração parou quando... o Salvador se lembrou de começar a tirar as almofadas do sofá para o chão. As almofadas. Eu pensei logo que debaixo delas iam sair monstros horripilantes, ou restos mortais de bolachas com vinte dias.
Ralhei com o Salvador - claro (não me pode desmanchar o sofá assim às três pancadas). E por sorte não saiu nenhum animal selvagem debaixo do sofá.
Desta vez escapou.
E o mais importante: os meus amigos não fugiram. Muito pelo contrário.
By the way, ADOREI estar com eles.
Voltem sempre.


sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Mexer no céu


Deitada na cama a adormecer o Salvador.
(Todos tapados debaixo do edredon).
O Salvador destapa os braços, estica-os no ar e diz:
-Mãe anda mexer no céu.
(Eu ri-me mas continuei toda tapadinha sem me mexer).
-Anda mãe (ao mesmo tempo que me destapava e me esticava os braços).
Lá ficámos, os dois, de braços esticados a "mexer no céu".
Diz ele:
-É bommmm



(DES)carnaval...

Gostava que o meu marido estivesse mascarado de doente.
Mas não é máscara, está mesmo.
Estava aflito de um dente, foi arrancá-lo hoje de manhã. (E nem vou contar como aconteceu.. é demasiado surreal).
Enquanto se contorcia com dores (e logo as dores de dentes) ajudou-me a vestir o Salvador de abelha. Vá de ferrão. Digam lá que não é um pai impecável. :)
Ver o meu marido doente deixa-me doente. Até porque ele está sempre bem disposto. Menos hoje.
E num dia de festa cheio de serpentinas e alegria por todo o lado tenho:
-O Salvador delirante vestido de abelha mas que diz que está de piu-piu (já ganhou!).
-O meu marido derrotado como nunca o vi antes.
Mas isto não fica por aqui...
Eu hoje tinha uma surpresa preparada para ele (marido).
Também eu me ia mascarar. JURO.
Lá mais para a noite (afinal é Carnaval!!!) :))
Acho que vai ter de ficar para a próxima...


quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

How to NOT crash a wedding


Quando recebo um convite para um casamento fico sempre a mil.
Primeiro começo logo a fantasiar sobre o vestido que vou usar, e começo a delirar com a ideia (de pelo menos nesse dia) tentar estar sexy de manhã à noite.
Unhas impecáveis, cabelo arranjado, olhos pintados, vestido justo, saltos altos.
Imagino os olhos do meu marido a olharem para mim e a apaixonar-se como no primeiro dia.
Imagino-o a olhar para mim como MULHER sem bolsados nem jantar para fazer.
Imagino-me a mim a relaxar, a curtir e a beber um copo descansada.
Mas calma... agora tenho dois lindos filhos, já não é só um...
Ou arranjo alguém que me fique com os dois ou então lá se vai o sexy ao ar.
Ainda para mais não gosto de os separar. Mas tenho noção que deixá-los aos dois com a mesma pessoa é cansativo. Nós mães já não vivemos sem os dois, mas para quem não os tem todos os dias admito que é complicado.

Ou levo os dois:
-Aqui imagino a comida a voar das mesas.
O Salvador a "roubar" comida com as mãos e eu a apanhar a vergonha da vida.
O Vicente a chorar com fome ao mesmo tempo que o Salvador foge para qualquer lugar de difícil acesso.
E eu e o meu marido em vez de nos estarmos a apaixonar de novo (como eu previ anteriormente) estamos felizes mas em stress e de sorriso amarelo a tentar dar a ideia que os nossos filhos não são assim "tão agitados" todos os dias.

Ou levo o Salvador:
-Ele delira com ambientes diferentes e já é uma óptima companhia. ÓPTIMA MESMO. É cada vez mais apaixonante passar tempo com ele. Mas lá está... a probabilidade dele arrancar as flores das mesas, e de "roubar" comida com as mãos é grande.

Ou levo o Vicente:
-Mais tranquilo. Ainda "bebézão" mas é capaz de chorar (não está habituado a muita agitação e música aos berros).
O mais provável é o meu lindo vestido ficar cheio de manchas brancas de leite e o meu cheiro não se tornar o mais agradável.

Ou não levo nenhum:
-E vou namorar.
Neste caso e embora sempre a pensar neles (sim, sou super cola - confesso) vou aproveitar o meu marido só para mim.

A verdade é que a noiva também tem filhos, é um amor, conhece bem os meus e fez questão de nos convidar aos quatro.
Tinha facilitado as coisas se o convite fosse válido só para adultos!!!
Vocês o que sugerem?

Perdoem-me os pais de gémeos ou de mais de dois filhos que me acham uma exagerada (talvez seja um bocadinho, a graça é essa).

:)

Sugestões low-cost


Hoje ainda é só quinta feira e eu já só consigo pensar no fim de semana.
Fico sempre a pensar nos programas que posso fazer com os miúdos mas sem gastar muito dinheiro.
Todas as semanas vou procurar e escrever aqui algumas sugestões low-cost para entreter a criançada.

Se o dia estiver solarengo em Lisboa:
-Parque da Quinta das Conchas no Lumiar.
Estive lá no fim de semana passado. É óptimo. Um jardim gigante no meio de Lisboa, com metro à porta. Essa parte é óptima. Deixar o carro de lado e andar com os miúdos no metro (estação Quinta das Conchas). Eles vão ADORAR.
O parque tem relva a perder de vista. MUITA mesmo. Imensos parques infantis, e vários bares.
É mesmo um jardim agradável.

Se o dia estiver cinzento sabe bem ficar em casa no quentinho mas só depois de dar um passeio em família.
-Planetário em Belém (frente ao Centro Cultural de Belém). Mais uma vez é um sítio cheio de boas acessibilidades que permite deixar o carro em casa.
Acho um local maravilhoso para as crianças mas aqui têm de ter 5 anos (mínimo) para perceberem.
Os bilhetes para a sessão infantil ao domingo às 11:30 são gratuitos para crianças até aos 12 anos.
Até aos 17 anos e maiores de 65 pagam 2,50€.
Dos 18 aos 64 anos 4€ por bilhete.

Para as crianças com menos de 5 anos que tal passar um tempo na cozinha com eles a fazer uns biscoitos?!
(Vou procurar umas receitas deliciosas para partilhar aqui).

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Ele é que sabe...

Com a banheira cheia e enquanto nos divertíamos os dois a dar "mergulhos", perguntei ao Salvador:
-Filho, quem é o teu melhor amigo?
-É a água!!!

(Não me critiquem já, muitas vezes sou amiga do ambiente e o banho é de chuveirada).

Barulhos da bronquiolite

O Vicente não consegue mamar e respirar ao mesmo tempo.
Resultado come muito pouco.
Continua todo entupido e com dificuldades respiratórias.
Maldita bronquiolite passa a outro e não ao mesmo!!!
Mas só se ri.
Ri-se do barulho que ele próprio faz a respirar.
E assim se entretém.
Quando espirra também se ri.
E eu tenho ataques de riso de o ver a rir.

Mas tenho o meu coração pequenino.
Desejosa que ele fique bem depressa.


terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Fim de semana de festa... semana em casa

Festas, amigos, cafés na praia, primos, alegria, natação, almoços em casa dos avós...
Foi assim o nosso fim de semana.
Com birras, fraldas e gargalhadas pelo meio.
Agora tudo de molho.
Salvador 2 anos - tosse e ranho parece um rio que transbordou e está dez metros acima do nível normal.
Vicente 3 meses - bronquiolite. A respiração dele parece o barulho do ar em circulação numa conduta de ar condicionado.
E agora qual Forrest Gump.
O que me safa é que em vez de correr pelos Estados Unidos, corro pela minha casa de aerosol em punho.


segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Pai e filho

Enquanto estou na sala a dar de mamar ao Vicente oiço esta conversa entre pai e filho:
(O meu marido está a cozer camarão e a arrumar a cozinha. O Salvador o ajudante. É a sombra do pai).

- filho hoje vamos festejar
- fistijar?!
-sim filho. Festejar. E sabes porquê?!
-poquê?!
-vamos festejar o facto de termos uns filhos lindos. 

(Acho que até fiquei com mais leite ao ouvir uma coisa tão bonita...)

Dia abençoado

11 da manhã.
Vicente no médico.
Eu transportei o mundo às costas durante estes três meses de vida dele.
A minha gravidez foi terrível, o parto também.
O Vicente ficou com algumas lesões cerebrais. (Que nos disseram logo que nos bebés a possibilidade das células regenerarem é enorme). E assim foi.
Hoje fez o exame.
Recuperou das lesões.
Tudo a evoluir favoravelmente.
A médica disse que podíamos comemorar.
Chorei de alegria.
Comovi-me.
O meu filho aqui está. Saudável. Super saudável.
E eu vim para casa leve.
Tão leve.
(Aqui eu percebi a tensão que tinha acumulada no corpo).
A preocupação que vivi quase em silêncio porque não queria fazer desta espera um drama.
E aqui estou eu.
Num dia normal.
De alma mais magra. E de coração bem cheio.
Em casa. No quente da casa.
Com os meus filhos.
Com a rotina.
Com as coisas boas e menos boas...
Mas a verdade é que hoje até os beijos parecem mais ternos, mais eternos...
E hoje sou uma mãe/mulher feliz.

Pai em casa

São precisos dois para se fazer uma criança.
Cada vez percebo mais o porquê!.
Porque a dois é tudo muito melhor.
Porque partilhar os momentos de uma criança com quem nos ajuda a tratar dela é maravilhoso.
Porque a dois é muito mais fácil.
A minha questão é a seguinte. Aliás não é questão nenhuma, é uma afirmação.
Eu posso ter mil ajudas ACTIVAS. Aquelas ajudas que ajudam mesmo, (como a minha sogra).
Mas a verdade é que, não sei porquê, meu marido - mesmo que sentado no sofá a ver a bola - ajuda mais do que qualquer outra pessoa.
E digo "ajuda mais" não é que me ajude mais a mim. Nesse aspecto a minha sogra até será melhor. Mas a dinâmica da casa flui muito melhor.
Com ele (pai/marido) em casa os miúdos deitam-se a horas.
Eu sinto-me feliz.
O meu coração fica gigante.
Com ele em casa tenho vontade de cozer camarão. Fazer petiscos.
Consigo tirar o cheiro a bolsado do corpo.
Fazem-se construções de lego dignas.
A banheira transforma-se numa piscina olímpica.
Não há stress.
Consigo escrever.
Sinto-me completa.
Com ele em casa o universo conspira a nossa favor, mesmo nos dias em que ainda nem começou o dia e já estamos a discutir.
Hoje foi um desses dias. Com pai e marido em casa.
Dia abençoado este.
(Sobre a discussão. Cá em casa as discussões são inofensivas e saudáveis).
Com ele em casa oiço estes diálogos:
-pai vamos fazer uma casa gandi (grande)
Para quem filho?!
-para eu, tu e mano. A mãe não enta!!!

E lá sobrou para mim...
:)))