segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Ser o terceiro

Ser o terceiro bebé nesta família de rapazes é uma delícia.
A Maria não tem o tempo todo para ela mas tem o amor de todos. 
Não a largamos.
O terceiro bebé chega em paz e quase sem cólicas {o universo sabe o que faz}.
Dorme bem e alimenta-se em exclusivo a leite materno.
Adormece nos braços dos irmãos.
O terceiro bebé chega cheio de paz.
E une - ainda mais - a família. 
Os dias são meio caóticos.
As noites {enfim} já não sei a diferença entre o dia e a noite.
(Ou é um, o outro...) 
O terceiro bebé nesta família de rapazes veio na altura certa.
A Maria é mesmo cheia de graça.
Estamos muito, muito felizes. 
Sinto-me meio perdida - entre o cansaço e a azáfama. 
Tenho sono. 
Uma fome terrível - culpa da amamentação. 
Tenho momentos maus - de muito cansaço. 
Uma família dá muito trabalho, é preciso muito espírito de sacrifício...
Mas a recompensa É GIGANTE.
GIGANTE.
O amor incondicional. 
É isto que vou levar da vida.
Este amor.
Esta entrega.





sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Estamos apaixonados

Eu e o meu marido somos perdidos por bebés.
O Salvador e o Vicente também.
{São os melhores irmãos do mundo. Pacientes. Ternurentos. Sem cobranças}.
Das coisas que mais quero: que sejam amigos e unidos sempre.
Tive de quebrar algumas regras para que se sentissem todos em paz.
Podem adormecer comigo. Os três. 
No meu colo cabem todos.
Adormecem e depois são distribuídos pelas camas.
As manhãs são calmas com tempo para cada um {quando é possível}.
Primeiro acordo e trato de um, e depois do outro. 
(Embora na maioria das vezes seja a loucura com direito a birras e Nestum no chão)
A Maria alimenta-se deste mimo.
Dorme bem. 
É uma paz.
Um presente de Deus.
Mas é um bebé. 
Eu ando cansada - constipada.
Tento chegar a todos. 
Estou muitas vezes sozinha com os três. 
É duro, muito duro - são muito seguidos.
Mas não me lamento - nem pensar.
Quando me sinto exausta e no limite da paciência, lembro-me que provavelmente esta é uma das melhores fases da minha vida.
Sou apaixonada por eles.
Mesmo quando estão cheios de energia e a fazer disparates.
Nada é perfeito.
Não há pessoas perfeitas, trabalhadores perfeitos, maridos, mulheres, filhos, professores, amigos, famílias perfeitas.
Exigimos muito de nós e dos outros.
Cada vez sou menos assim. Trabalho para isso.
Aceito-me a mim (tentando melhorar todos os dias) e aceito os outros.
Ou gosto e quero as pessoas para a minha vida como são - sem as tentar mudar, ou não quero.
Quem gosta de nós, não gosta às vezes, quando convém, ou quando tudo corre bem. 
Quem gosta de nós - gosta sempre. 
Gosta "sem quê nem porquê".
Sou pela entrega inteira.
A maternidade tem os dois extremos: 
Do amor profundo ao cansaço gigante.
Físico e psicológico.
Não respondo a quem compara uma licença de maternidade a uma escapadela às Caraíbas. 
Educar estes miúdos é delicioso mas extremamente exigente.
É a maior responsabilidade da vida.
É um desafio.
Mas é o que mais me apaixona.
Para estar onde estou, fiz escolhas.
Deixei coisas para trás.
Ninguém tem tudo...
Mas eu sinto que tenho mais do que tudo: eles.

{Aprenda mais bonita que a vida me deu: esta família. Todos os dias agradeço. Todos os dias a construímos}.

Maria - dois meses e meio

Maria - dois meses e meio (a dormir - uma paz)

Três - a conta que Deus fez. Os manos




segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Primeiros!!!!

(Fomos os primeiros a fazer a árvore?!)
Novembro. 
Uma casa cheia de filhos - {três já são alguns!!!}
Um comboio - adoro o comboio - na árvore de Natal. 
Desde miúda que este dia faz parte do meu imaginário - e CHEGOU AGORA.
Sempre me imaginei como estou hoje.
Nem melhor, nem pior - assim. 
Com uma família, filhos e uma vida agitada. 
Acho que dormir até ao meio dia é um desperdício {embora eu esteja a precisar!!!}, e a vida é para se viver - com entrega.
Ser mãe é o que me define. 
O que me realiza. 
A minha verdadeira vocação é esta. 
É por isso que sou tão grata.
Devagar fui subindo os degraus. 
Caí das escadas algumas vezes, mas todas as escolhas foram válidas, porque me trouxeram até aqui. 
Nunca fiz grandes planos, porque a vida tem planos diferentes e manda muito mais do que eu.
Mas sonhei com este dia {e com dias como este}.
O que me faz verdadeiramente feliz é conseguir proporcionar momentos felizes.
É isso. 
Os miúdos deliram com esta época - e eu TAMBÉM. 
Adoro que acreditem no pai Natal.
Que a nossa árvore de Natal seja enfeitada com desenhos, fotografias e coisas feitas por eles.
Estão desde a Páscoa a falar no Natal. 
Foi impossível adiar mais.
A árvore está linda e as crianças felizes!!!
Este Natal ainda mais especial com a Maria tão bebé.