sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Slow down

And enjoy your life as it is


A maternidade colocou-me no caminho certo - em todos os sentidos.
Trouxe-me paz de espírito.
Uma família.
Sinto-me agradecida.
Feliz.
Realizada. 
Plena.
Mas, como tudo na vida, tem um lado menos fácil.
- Os medos - 
Tenho pânico que alguma coisa lhes aconteça.
[saber gerir os medos talvez seja, para mim, o maior desafio da maternidade]
Até os pais mais atentos se distraem.
Não é fácil.
Tento educar sem estragar.
Ser equilibrada.
Levar as coisas com ligeireza e tranquilidade.
Dou-lhes muito amor. 
Dedico-lhes muito tempo.
E quero - muito - que sejam responsáveis, mas que levem a vida a rir.
Que sejam felizes.
Quero que aproveitem O dia.
(O amanhã pode não existir, ou ser tão diferente do que é agora).
A maternidade trouxe-me, igualmente, os extremos: do encantamento e do desgaste.
Só este amor intenso e maravilhoso resiste, com um sorriso, a tantas noites perdidas. 
Hoje, enquanto os adormecia encostados a mim... senti que é isto.
Se tivesse escolha, escolhia o dia de hoje, para o resto dos meus dias.
É assim que quero estar.
Com esta família.
Com estes amigos.
Amar.
Viajar.
Partilhar.
Quero muito viver isto.
Mas quero muito - e principalmente - viver o hoje. 
Continuar a amar, a vida e a eles. 
Com calma. 
Sem pressas, medos ou ansiedades. 
E quero muito continuar a saber gerir os meus medos. 





segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Sem nada para dizer...

... A não ser que amo os meus rapazes.
Tem-me faltado tempo para escrever.
O marido esteve fora.
Os miúdos doentes.
O meu trabalho - ainda a habituar-nos a esta nova rotina.
A estes horários.
Tem-me faltado tempo para quase tudo...
Menos para o amor.






[Obrigada Universo]









terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Fragilidade




Há dias que me sinto a coisa mais pequena e frágil do mundo.
Sem força.
Um cansaço enorme.
Uma nuvem grande e cinzenta em cima da cabeça. 
Há dias, depois de algumas noites sem dormir, que me custa dizer duas palavras seguidas.
Nos dias que eles estão doentes sinto-me assim...
Minúscula.
Há dias, em que encontrar um tupperware com carne assada no congelador, sabe melhor que acertar na chave do euromilhões - que exagero!!!
Hoje foi um dia assim, ontem também.
Tratar deles, da casa e de mim...
Wow.
Só de imaginar que tenho de fazer jantar, dar banhos e arrumar - minimamente - a casa, dá-me logo vontade de enfiar TRINTA VEZES a cabeça no bidé.
Acredito que o amor ajuda a curar.
Uma parte da doença (bronquiolite e otite) trata-se com mimo e paciência. 
E quando eles adormecem agarrados a mim... 
Quando sinto como somos unidos e felizes.
Quando o Salvador me diz antes de adormecer "mãe gosto tanto de ti"...
Volto a sentir-me gigante.
Importante.
Com força.

[Eles são (marido incluído) o melhor que tenho na vida]
Sandra (mana) tu também!!!






sábado, 18 de janeiro de 2014

O nosso lugar


Costumo tirar fotografias neste lugar.
Quase todas as manhãs.
No meu quarto.
Porque é aqui (e é onde estou neste momento) que nos encontramos todos para o mimo e para as birras.
É aqui que eles espreitam o tempo.
A rua.
É neste lugar que começamos o dia.
Onde os primeiros beijos e abraços acontecem.
É neste quarto que me sinto feliz.
O ponto de encontro cá em casa é aqui.
Antes do pequeno-almoço. 
Das correrias.
É aqui que ficamos (nem que seja por cinco minutos).
É aqui que agradeço por tudo o que tenho, quando acordo.
É aqui que penso no melhor do meu dia
E gosto de nos tirar fotografias assim...
Acabados de acordar.
Despenteados.
Com ar de sono.
A nossa graça é a descontração. 
As fotografias são com telemóvel, sem grandes cuidados.
O que escrevo também. 
Este blog é simplesmente o nosso amor aqui registado.
Um lugar para eles lerem, um dia mais tarde, e se lembrarem que foram muito amados e felizes.
É aqui neste quarto que encontro paz.
É este O lugar onde me demoro.
É aqui onde as fotografias ficam com mais alma. 























quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Ainda sou pequenina

Disse eu em desabafo:
-Salvador a mãe não sabe fazer isto (uma tarefa qualquer)
-Não te preocupes mãe, quando cresceres vais saber!!!








segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Thank you Universe

Hoje foi dia de estar em família.
O dia todo. 
Só nós os quatro.
Uma segunda-feira que para nós foi um domingo.
Dia de matar saudades uns dos outros.
Dia de beijos e mimos.
Comecei o dia a meter um "dragão" na varanda - (imaginação maravilhosa do Salvador).
Antes de adormecer, deu-me um abraço e disse:
"Mãe gosto de ti".







[Abençoada. É como me sinto]









domingo, 12 de janeiro de 2014

Unconditional love

(Perguntou-me o Salvador, um dia destes, antes de ir dormir)
-Mãe quando for dia vais trabalhar?
-Sim meu amor
-Então não quero que seja dia



Salvador e Vicente. Vidros sujos. Há dias assim!!!


Amo, amo, amo e não me canso de amar.
E vivia do amor.
Não posso - mas é ele a minha prioridade.
E em certa parte, até posso, porque é o amor que me faz ter esperança e fé na vida.
[Assim, até as coisas mais difíceis, tornam-se mais fáceis de ultrapassar]
Não tenho nada a vida perfeita.
O feitio mais fácil
Os filhos mais calmos.
O dia-a-dia romântico e cheio de programas fantásticos para fazer.
Tenho saudades de ir ao cinema.
Namorar um bocado.
Relaxar.
Ao contrário disso, tenho a maioria das vezes, a casa num caos.
Roupa para passar a ferro amontoada em sacos (que chega como "presente" a casa da minha mãe e da minha sogra).
Há dias que os miúdos vão para a escola com os dentes por lavar.
O dia de Reis [nesta casa] funde-se quase com a Páscoa.
Às vezes não dá para manter tudo em ordem.
Tenho dias que os vidros estão cheios de lambidelas do Vicente - adora lamber vidros.
Não dá para jantar com amigos. 
O tempo não chega para manter os armários arrumados, as sopas feitas e a vida social em dia.
E é no meio deste caos, desta loucura, que surge sempre o amor.
E a prioridade somos nós.
A nossa harmonia. 
E mesmo nos dias que estou cansada de tudo.
De todos.
Desta vida louca.
Do mundo em geral.
Penso neles.
E fica tudo muito claro e tranquilo outra vez.
Amo, amo e não me canso de amá-los.



quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Coisas para partilhar

Este blog
É incrível como a escrita dos outros, às vezes, nos faz tanto sentido...
Existe uma pessoa que amo.
Uma amiga.
Tinha de ser.
Da alma dela saem coisas como esta aqui.

(Adoro-te Catarina)

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Um bocado de céu


Antes de adormecer o Salvador pediu-me um bocado de céu.
Só para ele.
Para ele brincar.
Levar os amigos.  
Não sabe ele [ainda] que esse bocado de céu é a nossa casa.
A nossa família. 
Os amigos preciosos que fazemos ao longo da vida.
Hoje foi dia do Salvador fazer um bolo rei com os amigos.
E convidá-los para brincarem cá em casa.
Estavam literalmente no céu. 
E eu também.
A vida é feita destas pequenas, grandes, partilhas.














O melhor que fiz

(Ter dois filhos com idades próximas foi o melhor que fiz. Mesmo com birras. Mesmo com birras enormes)





O Salvador fez ontem uma das maiores birras de sempre.
Chorava.
Soluçava.
Acordou o prédio todo.
Acordou o irmão vinte vezes. 
(Coitado)
Depois de FINALMENTE adormecer, ferrado e exausto, foi a vez do Vicente acordar a meio da noite e começar a bater palmas. 
Diz o Salvador (cheio de sono)
-Mano não é para bater palminhas é para dormir!!!

É preciso ter lata!!!





quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Dia 1


Adoro os dias em que a única coisa que tenho de fazer, é abraçar os meus filhos.
Estou com aquela sensação boa de começar de novo.
E o primeiro dia do ano começa bem.
Com eles. 
Na preguiça.
No mimo.
Vai ser um ano mais exigente ao nível da logística familiar. 
Vamos ter de nos organizar melhor.
Mas estou feliz. 
Os momentos a quatro vão ter de ser ainda mais especiais. 
Tal com está ser o dia de hoje.
Enroscada neles.
E sinceramente, não estou nada preocupada com o dia de amanhã.
A única coisa que me preocupa é que este dia acabe cedo de mais.
Está-me a saber pela vida.