sexta-feira, 22 de julho de 2016

Amar três filhos




A maternidade foi o mais maravilhoso que me aconteceu.
A serenidade ganhou sempre às pequenas angústias e adversidades.
Amar um filho é o maior dos amores.
Não há primeiro, segundo ou terceiro.
Não há medida. Nem lugar.
É uma paz cheia de medos.
É o que de maior existe.
O dia em que nasce um filho, é o melhor dos dias, o melhor do mundo.
Nasce um filho, nasce uma mãe.
Nasce uma vida e percebemos o sentido da nossa.
E nada se sobrepõe a esse ser, a esse cheiro, e a esse toque.
Nada é mais sagrado do que aquela vida.
O nosso bebé.
Tudo muda. 
Mudamos nós. Mudamos os outros.
Nasci três vezes.
Sou uma mãe diferente para cada um deles.
Sou uma mãe sem pressa.
Quero tempo.
Foco.
Quero os banhos, os ranhos, as birras.
Quero os colos. A alegria e o desalinho.
O melhor e o pior.
A plenitude.
Sei que vou falhar - e que eles se vão lembrar.
Mas o meu abraço e o meu colo vão ser a casa deles - sempre.
E o deles a minha.
Casar-me com o rui foi o nosso equilíbrio.
O segredo da nossa equação.
Ele é a infraestrutura e o contrapeso.
Quero o encanto e o desencanto.
Quero tudo.
Quero este amor.
Quero a rotina.
Quero todos os dias.
Todos. Todos. Todos.

segunda-feira, 18 de julho de 2016

3 + 2 = GRATIDÃO






Mesmo nos dias que não me mexo, que tenho olheiras até aos pés, que mal vejo o meu marido, mesmo nesses dias cinzentos, digo sempre: três filhos é uma MARAVILHA!!!
E é.
É tudo de bom.  
De repente olho para nós e muita coisa mudou. 
Já não tenho três bebés.
Tenho dois miúdos incríveis e um bebé. 
O Salvador deixou de caber na roupa e adora as horas a mais de sono que o fim de semana oferece. 
Está um companheirão.
O vicentinho - está um reguila amoroso.
Cabelo liso. Loiro. Um corpanzil.
A falar ainda é muito bebé. 
-Mãe acabei de ver dois pius e três caõs!!!
Gosta de ser o último a adormecer, para me ter mais tempo para ele. 
Continuo a ser tudo para eles. A mais alegre. A mais amiga. A mais bonita. 
(E eu rezo para que esta fase de apego gigante se prolongue)
A Maria está enorme.
É um doce. 
Gostamos da praia logo de manhã e mesmo ao final do dia. 
Aguenta estoicamente as nossas andanças. 
Os nossos mergulhos às nove da noite. 
E já adormeceu - várias vezes - com a paz do pôr-do-sol. 
Tem dez meses. Quatro dentes. 
Para estar feliz basta-lhe a nossa companhia, a barriga cheia e um colo para adormecer. 
Nós damos cambalhotas com o tempo, fazemos ginástica com o dinheiro, e a parte mais dura, tentamos gerir o cansaço. 
Roubamos muitas horas ao sono. Vivemos para estar juntos. 
Para usufruirmos de cada dia que a vida nos oferece.
Viver é muito mais do que estar vivo.
É acordar e agradecer.
Porque nos temos, e temos tudo.

(Vivo para eles)


sexta-feira, 1 de julho de 2016

Heartfulness

Dificilmente alguma coisa me fará tão feliz quanto isto:
Seis da manhã. Nós e o nascer do sol.



A Maria fez dez meses.
O Salvador vai entrar na escolaridade obrigatória. 
E o Vicentinho já faz quatro anos, em Outubro. 
As decisões que tomo são quase todas com o coração.
São três filhos seguidos que precisam de tempo e de nós.
Tento equilibrar a balança o melhor que consigo.
A Maria não aceita chucha. 
É uma bebé tranquila, deliciosa, muito nossa. Dos irmãos.
Ainda mama MUITO. 
Os irmãos continuam uma excitação com ela, e com a vida no geral.
Brincam os três na praia ao nascer e pôr-do-sol.
Fazemos tudo. Temos aproveitado tanto. 
O nosso corpo dá sinais de cansaço, mas cada um deles já é o reflexo desta nossa entrega...