segunda-feira, 22 de junho de 2015

Descalços somos nós




Não me gosto de comparar com ninguém.
Não considero a minha forma de educar a melhor, nem a pior - educo da forma que me identifico. 
Não me comparo com outras famílias. 
Existem famílias que admiro muito e que tenho como exemplo.
Nunca me segui por manuais. 
Pelo que dizem...
Sempre segui a minha intuição. O meu instinto, o meu amor.
Os meus filhos odeiam sapatos. 
Andam sempre que possível descalços.
Só gostam de roupa leve.
Dificilmente os vão ver de calças de ganga. Ou de camisa.
São os dois iguais. 
Adoro vê-los sujos de areia, terra, gelado...
Sinal que naquele momento em que estiveram a explorar, estavam livres. 
Não são crianças de televisão, nem de brinquedos.
Só querem correr. 
Eu dou-lhes rua. 
Amigos.
Não tenho uma casa com terreno, mas faço trinta por uma linha das minhas varandas. 
Dou-lhes praia, campo, espaço e liberdade.
Saem da escola e vão brincar ao ar livre.
Gosto de meter a chave na porta com eles sujos e felizes.
Gosto que vejam as cores do pôr-do-sol.
Gosto que me digam que foram eles que pintaram o céu daquela cor.
Gosto tanto, mas tanto, de pedir socorro para tirar as nódoas da roupa.
De demorar meia hora a desencardir pés.
Os deles e os meus - sou igual. 
Andava descalça o ano inteiro. 
Nós não somos os outros. 
Esta família somos nós.
Adoro vê-los sujos, descalços, cheios de areia...
Só assim é que estes miúdos são felizes. 

{Desejosos pela chegada da Maria. Já só faltam dois meses}






quarta-feira, 17 de junho de 2015

Futebolista

-Mãe hoje sonhei que era um grande jogador de futebol!!!

{Acordou tão, mas tão feliz!!!}




sexta-feira, 12 de junho de 2015

Só quero o agora



São nove da manhã.
Estamos em Junho.
Está aquele tempo meio cinzento, bom para estar na cama.
Estou deitada ao lado dos meus filhos.
Dormem ferrados, agarrados um ao outro.
Tenho as mãos em cima da minha barriga de sete meses. 
Sinto-me arrebatadoramente feliz.
Só quero o meu pensamento no agora. 
Tempo presente.
Até porque é o único que me pertence.
Não me quero preocupar com o que vai ser, como vai ser.
Se deixar, o meu pensamento vai arranjar momentos de stress que ainda não chegaram.
E se chegarem, bastam no momento. 
Para quê antecipar momentos menos positivos?! 
Três filhos seguidos, ainda tão pequenos, vão exigir IMENSO física e psicologicamente. 
Na maioria das vezes, ou estou eu sozinha com eles, ou está o meu marido.
E não é "só" os filhos que precisam de nós.
A casa, os banhos, as refeições, a rotina...
A logística, com os três vais ser a LOUCURA!!!
(Mas na verdade, nós somos apaixonados por este ritmo. A nossa família é a nossa maior conquista, o nosso maior amor, a nossa vida)
Se for pensar nas coisas menos positivas (como estou a fazer agora) não sinto o prazer deste momento.
A vida é o agora.
A única coisa que nos pertence é este segundo.
Estes miúdos absolutamente deliciosos que respiram um em cima do outro. 
Que se agarram.
Que têm o dormir mais tranquilo que alguma vez vi na vida.
Há momentos em que é preciso agradecer o que a vida nos oferece.
O amanhã tem mesmo de ficar para amanhã. 
Tenho para mim, que a capacidade de nos entregarmos a estes pequenos momentos felizes, é A FELICIDADE.
E que, neste segundo, me sinto a mulher mais grata e feliz do universo.