sexta-feira, 12 de junho de 2015

Só quero o agora



São nove da manhã.
Estamos em Junho.
Está aquele tempo meio cinzento, bom para estar na cama.
Estou deitada ao lado dos meus filhos.
Dormem ferrados, agarrados um ao outro.
Tenho as mãos em cima da minha barriga de sete meses. 
Sinto-me arrebatadoramente feliz.
Só quero o meu pensamento no agora. 
Tempo presente.
Até porque é o único que me pertence.
Não me quero preocupar com o que vai ser, como vai ser.
Se deixar, o meu pensamento vai arranjar momentos de stress que ainda não chegaram.
E se chegarem, bastam no momento. 
Para quê antecipar momentos menos positivos?! 
Três filhos seguidos, ainda tão pequenos, vão exigir IMENSO física e psicologicamente. 
Na maioria das vezes, ou estou eu sozinha com eles, ou está o meu marido.
E não é "só" os filhos que precisam de nós.
A casa, os banhos, as refeições, a rotina...
A logística, com os três vais ser a LOUCURA!!!
(Mas na verdade, nós somos apaixonados por este ritmo. A nossa família é a nossa maior conquista, o nosso maior amor, a nossa vida)
Se for pensar nas coisas menos positivas (como estou a fazer agora) não sinto o prazer deste momento.
A vida é o agora.
A única coisa que nos pertence é este segundo.
Estes miúdos absolutamente deliciosos que respiram um em cima do outro. 
Que se agarram.
Que têm o dormir mais tranquilo que alguma vez vi na vida.
Há momentos em que é preciso agradecer o que a vida nos oferece.
O amanhã tem mesmo de ficar para amanhã. 
Tenho para mim, que a capacidade de nos entregarmos a estes pequenos momentos felizes, é A FELICIDADE.
E que, neste segundo, me sinto a mulher mais grata e feliz do universo.







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