quinta-feira, 18 de julho de 2013

Alentejo



Cresci no Alentejo.
Numa quinta enorme.
Cheia de gente. 
Já falei aqui sobre essa passagem da minha vida.
http://2queparecem4.blogspot.pt/2013/03/a-minha-infancia.html
A quinta onde morei chamava-se Quinta de Santo Antoninho.
Ainda hoje adoro o nome.
Ainda hoje adoro o Alentejo.
Por estes dias, encontrei o paraíso a uma hora e meia de Lisboa.
Lá fomos nós.
Eu e os meus rapazes. 
O Alentejo faz-me sentir em casa.
Como se tivéssemos sido feitos um para o outro.
Amo as casas. 
Térreas e caiadas. 
As barras amarelas e azuis nas janelas e portas. 
Os alpendres.
(E volto a mim).
Lembro-me da minha felicidade, em miúda, a espalhar alimentos no alpendre até secarem.
E, de vez em quando, gosto de me lembrar que já fui pequena.
Gosto de me lembrar que cresci numa quinta.
Gosto de voltar a essas recordações.
Gosto de voltar ao Alentejo.
Ver o Salvador completamente livre.
Descalço.
Liberto.
A correr no monte.
A beijar/tratar/ dos animais.
O Vicente a dormir longas sestas, ao fresco, longe do bafo quente.
Sinto os meus filhos felizes e em paz.
E mais no Alentejo.
O campo faz um bem terrível.
Meu rico Alentejo.
Onde se respira paz.
Onde o céu é mais estrelado.
Onde as estrelas tocam nos dedos esticados do Salvador.
Adoro quando eles adormecem profundamente.
Absolutamente estafados, de tão felizes que foram.
Existem, lugares e pessoas, que me fazem tão bem.
O Alentejo é um deles.
E aqui vamos nós...
Ter contigo outra vez...
Meu rico Alentejo.






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