terça-feira, 2 de julho de 2013

Flash-back


Lembro-me, PERFEITAMENTE, do dia que cheguei a casa com o Salvador nos braços.
Tinha 25 anos.
Um marido a explodir de felicidade.
Eu com as lágrimas a caírem.
Estava louca de amor pelo meu bebé, mas assustada, serei eu capaz?!.
Tinha de tomar conta dele e de mim mesma.
As minhas hormonas estavam a ganhar vida própria.
As dores também.
Cheguei a ter falta de ar.
(Ninguém reparou).
Todos me achavam feliz, feliz. E estava.
O amor era esmagador. E foi instantâneo. 
Durante a gravidez li imensos livros.
Sabia tudo sobre o desenvolvimento do bebé na barriga.
TUDO.
Vivi a gravidez ao máximo. 
Aproveitei tudo. 
Adorei estar grávida desde o primeiro ao último dia.
Fiz imensa praia. 
Fui à Jamaica. 
Recebi imensos mimos.
Foi óptimo. Para lá de óptimo. 
Tops curtos. Barriga de fora.
(Gravidez de verão).
Só o enjoo que senti, nos primeiros três meses, é que não gostei nada!!!.
Foi para lá de mau.
Credo. 
Mas existe alguma coisa perfeita?!.
Uma coisa é o bebé dentro da barriga, outra completamente diferente, é ele nos nossos braços...
Ao nosso cuidado. 
Quando entrei em casa, faltava-me "bagagem".
Não pedi ajuda a ninguém.
Queria aproveitar aquele meu/nosso momento a três. 
E acabou tudo por ser o mais intuitivo e natural possível.
Mas lembro-me, que passado uns dias, estava a ligar a todas as pessoas possíveis e imagináveis:
-A que horas deve dormir o meu bebé?!
-Quantas horas?!
-E a rotina?! Começa quando?!
Lembro-me de "ralhar comigo mesma" por não ter lido nada sobre a parte "do bebé em casa".
Sobre os horários. As rotinas.
(Gosto que durmam cedo e tenham hora fixa para dormir.
Aqui em casa resulta e tem muitas vantagens!!!).
Sempre tive essa preocupação de criar uma rotina de sono.
Na altura, fui comprar um livro, que me ajudou imenso.
Ajudou mesmo.
De forma natural, consegui desde cedo, que o Salvador adormecesse às oito da noite.
(Tal como o Vicentinho, agora).
Sou eu que os adormeço.
Sem pressas, nem stress.
E ADORO esse nosso momento.
Lembrei-me de tudo isto, a propósito de estar muitas vezes sozinha com eles.
E a hora de dormir...
É o verdadeiro CAOS (grande parte das vezes).
Então agora, que o verão chegou em todo o seu esplendor.
Às oito e meia/nove da noite ainda não está escuro.
E quando eu digo:
-"Salvador, está na hora de ir dormir".
(Responde ele aos saltos)
-"Não mãe. Ainda não. Ainda não é nôte (noite).
E é difícil fazer adormecer uma criança de dois anos, com a luz a bater na varanda dos brinquedos.
Eu percebo.
(E dou mais uma hora).
Outra coisa que me acontece muitas vezes...
É ter um deles, quase, quase, quase a adormecer, e o outro dá um grito!!!.
Nãooooooooooooooooooooooooooooooo.
E vai daí que me lembrei...
Devia ter lido qualquer coisa sobre isto!!!.
;)))))


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