quarta-feira, 26 de junho de 2013

Chegar a casa


Tenho dias que nem sei por onde me virar.
Um chora. O outro grita.
Um entorna água. O outro fica engasgado.
Um quer fazer cocó. O outro quer dormir.
Um quer brincar. O outro quer colo.
Um quer rir. O outro quer chorar.
Um quer paz. O outro desassossego.
Tudo ao mesmo tempo.
O meu marido liga-me. Eu não atendo.
(Estava com os dois ao colo, a limpar os ovos todos partidos no chão da cozinha).
Recebo uma mensagem.
É ele. Preocupado.
Nem respondo.
(Às vezes é quase impossível).
Ia responder, quando vi o meu sofá todo sujo de banana.
(O sofá que é cinzento, estava quase amarelo).
Nem dei pelo Salvador tirar a banana. 
Nem muito menos, ele ir com ela para o sofá.
Sofá limpo.
Mensagem por responder.
No meio desta loucura, dou banhos e jantares. 
Entretanto respondo ao meu marido:
-"Estou viva".
(Mais morta do que viva, mas ainda cá estou).
O marido chega.
Tenho a casa do avesso.
Ovos no chão.
Jantar por fazer. 
Os rapazes na minha cama a rir às gargalhadas.
(Não consegui adormecer nenhum).
E somos recebidos...
Com imensos beijos.
E uma alegria gigante.
Para quem chega...
Não importa o caos em que é recebido, mas o AMOR de quem o recebe.
:)
(Os rapazes adormeceram às dez).
(O nosso jantar foi pão com manteiga!!!).


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