Jogo da macaca

O Rui chegou do trabalho, a tempo de ir buscar o Salvador ao colégio.
Quando assim é, ficamos todos histéricos.
Tempo a quatro.
Para mim é uma ajuda preciosa.
Para o Salvador é uma alegria.
Quando lá chegou, o Salvador estava todo contente a jogar à macaca.
Transpirado. Sujo. Feliz.
Que saudades de MIM.
Eu amava esses jogos tradicionais.
Ficava horas a fio com as pernas entrelaçadas no elástico.
Na praia, ficava horas a jogar ao prego.
Nas nossas festas de anos, nunca faltava a corrida de sacos, cabra-cega, jogo do lenço.
Odiava o jogo da colher de pau na boca com o ovo.
Era a primeira a perder - era MESMO o ovo podre.
Adorava o jogo da farinha no prato.
O jogo da macaca era o supra-sumo dos jogos.
Desenhávamos no alcatrão, com giz.
Devo ter "gasto" dias nisso!!!.
Memórias boas...
O Salvador chegou a casa.
Feliz, feliz, feliz, de mão dada com o pai.
Ao pé-coxinho, a explicar o jogo.
Entre gargalhadas, contou até dez na perfeição.
Até DEZ!!!.
E está desejoso de explicar à "fafalda" (Mafalda) como se joga.
(A Mafalda é a bebé da nossa frente. Tem um ano).
Aprender a brincar... é o melhor.
Ter disponibilidade para os observar, para os ouvir.
Uma tarde boa, acompanhada de um jantar delicioso.
(Pelo menos esmerei-me).
E para acabar o dia da melhor maneira possível...
CHUVA DE ESTRELAS-CADENTES.
Eu vou para a janela ver...
(Tenho uns desejos para pedir!!!).
:)