terça-feira, 29 de outubro de 2013

O bolo





Acordei.
Arranjei os meus rapazes.
Dei um jeito a mim.
E vamos lá para mais um dia.
(O dia vai ser mais de mãe do que de mulher)
As unhas (que estão por pintar) vão ter de esperar mais um ou dois dias.
O cabelo está com ar de poucos amigos.
Tudo o que tenho para fazer a mim mesma, vai mesmo ter de ficar na "prateleira" à espera.
Com o coração apertado por ter deixado os rapazes no colégio.
(Ainda me estou a habituar ao que fazer aos braços, que se metem na posição de dar colo vezes sem conta...)
Acabei de receber uma fotografia do meu rapaz pequenino a brincar.
(Adoro as educadoras deles. Adoro.)
Mão à obra.
Vou fazer o bolo do Vicente.
Faz um ano amanhã.
UM ANO.
E se eu consegui o feito de o trazer ao mundo.
Também hei-de conseguir fazer um bolo delicioso.
Não vai ter o Mickey (como o Salvador pediu)
Nem vai ter mil camadas.
Mas vai ser doce. Cheio de chocolate e chantilly.
As fatias vão saber a lembranças e recordações maravilhosas.
Os parabéns vão ter o sabor do ano inacreditável.
Um bolo não é simplesmente um bolo.
Nem a vida é simplesmente a vida.
Nem um ano é simplesmente um ano.
Tudo depende da intensidade e valor que damos às coisas.
O bolo (que pode parecer o mais comum) vai ter um sabor especial.
Tal como têm sido os nossos dias.
Vai saber a nós.




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