quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

E se ficássemos ricos?


Deitada com o meu marido no sofá.
Nos mimos.
Pés com pés.
Crianças a dormir.
Um silêncio enorme.
E de repente surge-me:
-E se nos saísse o Euromilhões?
Começamos os dois a rir às gargalhadas.
Abraçámo-nos entusiasmados como se fosse real.
Eu sou tão básica nas minhas ambições que disse logo:
-Adotávamos mil crianças. Criávamos uma instituição.
Ele respondeu:
-O mundo era nosso.
Mas sem Euromilhões o mundo já é nosso.
O Euromilhões saiu-nos num mês de Agosto.
O Euromilhões é nosso, todos os dias, quando metemos a chave na porta e olhamos para a família que construímos.
O Euromilhões está connosco mesmo nas incertezas.
Nos meses difíceis.
Nos dias que choro.
E nos que pulo de alegria.
O Euromilhões é o abraço que recebo quando estou de rastos.
O Euromilhões é a casa dos meus amigos para onde vou de férias.
A tenda no jardim.
O Euromilhões é ter tido a possibilidade de rir às gargalhadas por ter alguém a quem perguntar:
-"E se nos saísse o Euromilhões?"


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