segunda-feira, 13 de junho de 2016

-Respirar-


Desculpem a ausência.
Tenho estado entre a ternura, a entrega e a tentativa de gerir tudo.
Casa. Miúdos. Trabalho. Turnos.
O tempo que sobra tem sido deles, só deles.
Não tenho tirado fotografias, nem escrito.
Tenho dormido pouco, para sobrar tempo para o resto.
Estes primeiros tempos de "encaixe" são duros, mas os reencontros são de uma entrega gigante.
A amamentação continua.
A Maria fica lindamente com a minha sogra.
O tempo é das coisas mais preciosas que temos.
Tempo e saúde.
Todo o tempo que sobra é deles.
É nosso.
Só nosso.
Sem distrações.
Sem redes sociais.
Sem ruídos.
Roubaram-me o telefone. Perdi tudo.
Não tenho números de ninguém.
Mas tenho os mergulhos às oito da noite que me salvam.
Que nos dão saúde.
Vê-los mergulhar no mar com a luz de um postal.
Os cinco na praia, sem ninguém, nem telefones.
Brincar com eles tem sido a minha prioridade.
Pela primeira vez tenho sentido que não sou imensa.
Tenho tido alguma dificuldade em chegar a tudo.
O cansaço tem sido enorme.
Recebi abraços e mimo.
As mães também precisam de colo.
Hoje, tenho saudades do meu marido que está fora...
Mas a alegria que sinto por fazer parte desta família supera tudo.
Assim que voltarmos a estar todos juntos, não vai existir pôr-do-sol que não seja nosso.
E isso dá-me anos de vida.
Grata pelo que tenho e pelo que sinto.
Não existe nada mais bonito do que este AMOR.







Sem comentários:

Enviar um comentário