terça-feira, 19 de abril de 2016

Como andamos a cinco

Maria maravilhosa - sete meses
Estou na fase da minha vida em que estou simplesmente a apreciar.
Fiz uma pausa de tudo o que é externo.
É importante perceber o que queremos fazer da nossa vida.
Onde e com quem queremos passar o nosso tempo.
Eu estou onde sempre sonhei estar.
Aqui. Com eles.
Descobri muitas coisas sobre mim com a maternidade.
Aos vinte cinco anos tinha um filho, aos trinta já tinha três.
A gratidão pelo que tenho foi a melhor descoberta. Perceber que sou uma privilegiada por poder/conseguir/ter a capacidade de privilegiar o amor. 
O tempo é o bem mais valioso.
Tenho a Maria sempre comigo. Ainda não a larguei.
Tudo pode esperar menos este amor.
Este tempo com os filhos.
A amamentação ainda é muito regular e sou completamente apaixonada. Das melhores sensações.
Primeira palavra aos sete meses: mamã!!!
Maravilhaaaaaaaaaaaaa.
A única pressa que tenho é de não ter pressa de nada.
Vivo de acordo com o que sou. 
A maternidade define-me completamente.
A minha vida é muito mais bonita agora.
Mesmo com as noites péssimas.
O ritmo alucinante.
O desgaste.
Com tudo. Não se tem nada de graça.
Nada é sempre só bom.
Muitas mulheres que conheço, não são só mães. São imensas, gigantes e absolutamente incríveis.
Gosto de acreditar que eu também sou um bocadinho assim.
Conciliar tudo é de loucos.
Tenho dias impróprios para cardíacos.
Mas estou na idade de me sacrificar, de querer, de construir, de dar, acreditar.
De ir, fazer, desfazer, tentar.
É assim que gosto de estar na vida.
Tenho a Maria comigo - bebé maravilhosa.
Vicentinho a testar os limites.
O Salvador a entrar na primeira classe.
Fora os filhos, tenho um casamento que precisa de folgas do stress. Amigos que não retribuí chamadas. E um corpo a implorar descanso.
Cá em casa existem as quatros estações no mesmo segundo.
Há invernos rigorosos e verões cheios de sol.
Sou dos afetos. Da educação com amor.
Sou, sobretudo, de aproveitar.
Deixei de ser crítica e passei a ser grata.
Vibro com as festas dos miúdos, quando juntamos os nossos amigos que são incríveis.
Gosto de saber que vou conseguir fazer um arroz doce igual ao da minha sogra.
Em breve vou acrescentar o meu trabalho às rotinas cá de casa.
Até esse dia, vou encher esta família de amor, com tempo para bolos ao lanche e panquecas ao pequeno-almoço.
Consciente que o presente, é mesmo um presente da vida. 

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