domingo, 23 de março de 2014

Nada em nós é metade



Tudo é inteiro.
Nas fotografias gosto assim...
Gosto de acreditar que existe um bocado que é só nosso [que não é dividido nem partilhado com o resto do mundo].
Gosto de nos ver "em metade" por antítese ao que somos. 
Gosto de sentir que uma parte de nós - comum aos quatro - é genuína. 
Gosto tanto deles.
Gosto das duas metades.
Da luminosa e da mais sombria. 
Gosto de tudo. 
Do bom e do mau.
Da nossa dinâmica 
Somos amantes da praia e do bom tempo.
Da boa-vai-ela.
Adoro serem rapazes - os meus três rapazes.
Adoro que um bocadinho deles seja só meu.
Sou grata por ter sido mãe. 
Adoro o formato dos olhos do Vicente.
O ar carinhoso.
Ternurento.
O mimo que ele tem no corpo todo. 
[Faz birras de fugir]
Come por três - ou quatro ou dez. 
Adoro serem apaixonados por mim.
Pelo meu colo.
Serem descontraídos. 
Felizes. 
Gosto que andem - volta e meia - na rua com óculos e tubo de mergulho.
São eles. 
Somos assim. 
Hoje foi dia de estarmos só os três. 
Um nas pernas.
Outro nos braços. 
Foi dia de arrumar armários.
De me sentir feliz.
Foi dia de ouvir o Salvador [três anos] dizer que vai ter dois filhos.
-Vão ser dois Antónios mãe!!!
Perguntar-me em que gaveta moram as meias.
E dizer: 
-"Põe o dedo ao céu" [em vez de põe o dedo no ar].
Foi dia de sentir que íamos gostar tanto de ter outro bebé mas que é um projecto que vai ter de esperar!!! 





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