sexta-feira, 25 de agosto de 2017

FILHOS


Hoje acordei a pensar que tenho um filho que vai fazer sete anos. 
SETE anos!!!
Entretanto a Maria vai fazer dois daqui a três dias e o vicente cinco.
Todos seguidos.
A nossa vida tem sido cheia de tudo.
Cheia de responsabilidades. Cheia de tarefas. Cheia de caos. Cheia de AMOR.
Eu continuo a fazer-me à vida.
A ser tudo e a dar tudo - todos os segundos.
A tentar ter uma vida melhor. A tentar ser melhor. A tentar gerir.
Fecho portas. Abro janelas. Sempre dividida entre o ir e a importância de estar.
Tenho a mochila do salvador por abrir desde o último dia de aulas.
Convites que acumulei na esperança de me conseguir arrastar até lá com três crianças pequenas.
E só por estes dias "destralhei" as roupas.
Quando olho para estes sete anos de filhos só me lembro da palavra INCRÍVEL.
Há muitos dias que o incrível deixou - e deixa - muito a desejar.
Amigos que se afastaram - ou me afastei [sem querer].
Convites que não respondi.
Encontros que faltei.
Brincadeiras que falhei.
Não é verdadeiramente fácil conciliar trabalhos, horários, tarefas de casa, responsabilidades de escolas, supermercados e três filhos seguidos.
Às vezes ATÉ a nossa vida a cinco dava um bom sketch.
Volta e meia tenho um filho com o cabelo a bater nos ombros, umas unhas por cortar e chamadas por responder desde 1984.
Mas há uma coisa durante estes anos que não tentei, não tento, não tentarei, porque SOU - desde o primeiro minuto - a porta de embarque para a eternidade deste amor. 

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