quarta-feira, 10 de maio de 2017

Pequenas coisas

Há um livro maravilhoso chamado "O Deus Das Pequenas Coisas".
Eu sinto-me mãe das pequenas coisas.
São elas que dão sentido ao meu dia a dia.
Os banhos, os desenhos, a partilha, os abraços.
Não sei bem como faço mas aos olhos deles parece fácil.
O Vicente [4 anos] repetiu-me trinta vezes de manhã que quer ser pai quando crescer:
-"Quero ser assim como tu. Cuidar de pessoas pequeninas...".
Na responsabilidade de educar não há filtros que nos possam ajudar. 
É preciso tirar os olhos da câmara porque não há lente que veja tão bem como o coração de mãe.
A nossa vida tem tanto de "caótica" como de espetacular mas foco-me no melhor dela.
No melhor de mim.
No melhor deles. 
Aos vinte cinco tinha um filho aos trinta tinha três.
A segurança com que damos colo aos desesperos tem sido positivo no crescimento da nossa família. 
Sou a transparência em pessoa - às vezes até me é prejudicial. 
Mas só posso ensinar a entrega se me entregar.
Tento ser o equilíbrio e equilibrada na atenção a cada um - e a mim própria. 
Somos muitos. Muitas personalidades. Muitas agendas.
Encho diariamente o depósito desta casa de alegria, coragem, amor, proteção, companheirismo, honestidade, confiança e MUITA COMUNICAÇÃO.
O "vamos andando" não nos serve. 
O amor não "vai andando". 
Vai-se depositando e multiplicando. 
Temos as nossas regras de acordo com os nossos horários, disponibilidades e possibilidades.
A vida é feita das nossas intenções e não das expetativas dos outros.
De escolhas que nos fazem feliz.
É muito bom sentir que me estou a sair razoavelmente como mãe, apesar de todos os contratempos.
Que os meus filhos até me querem "seguir as pisadas"!!!




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