quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Este é para ti




(É piroso - mas hoje permitam-me escrever sobre a pessoa - a minha pessoa.
O homem que monta e desmonta a tenda sempre que me apetece o pôr do sol noutro lado...)

Sim hoje é sobre ti.
Tu que me dás colo.
Que não deixas que nunca nada me falte.
Não cobras nada - nunca.
Conheces os meus dias tristes.
As minhas fragilidades. 
És tu quem nos conduz aos sítios mais incríveis.
Sempre pronto.
Quem mais me admira.
És muito mais do que marido.
És o meu companheiro de vida.
C.O.M.P.A.N.H.E.I.R.O.
(É mesmo para parar e pensar nesta palavra)
Escrever sobre quem amamos, parece sempre um bocado ridículo.
Mas confiem em mim, a privação de sono abala.
Destrói. 
É dura.
A Maria dorme muito pouco.
As nossas noites são iguais aos dias. 
Mas é aqui que o amor se revela.
Temos sido companheiros incríveis.  
Sou orgulhosa da boa "parelha" que formamos.
Não porque a vida nos seja fácil, mas porque nunca nos encostamos à sombra da bananeira. 
(E ninguém imagina como estamos a precisar!!!)







sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Ainda danço!!!

{Este fenómeno chamado sair à noite, acontece uma vez de três em três anos!!! Consegui arranjar-me para uma festa (com a Maria a reboque), dançar até me doerem as pernas e sentir que no meio desta confusão, ainda estou tão viva!!!}


Não me inibo nada de falar sobre mim própria.
Das escolhas diárias que faço, para me aproximar do que quero ser - e ainda me falta TANTO!
Vou limando as arestas da impulsividade, e seguro com unhas e dentes o meu otimismo e espontaneidade.
A facilidade que tenho em amar. Em dedicar tudo o que sou a todos os que amo.
Há dias que olho para mim com admiração e orgulho. 
Quando sobrevivo inteira e sozinha a estes três miúdos - dias a fio. 
Quando consigo gerir com tranquilidade o trabalho e a família. E quando faço felizes os que me são próximos (vivo para isso).
Depois há aqueles dias que tudo nos sai ao contrário - e eu sou perfeita a meter o pé na poça. 
A idade, os filhos, as concretizações ajudam neste bem estar interior.
Apesar de ser impossível não reparar no meu ar cansado, o meu sorriso é completamente revelador.
Deixo-me levar completamente pelas emoções. 
Deixo-me ser transportada pela vida.
Hoje estou de folga. 
Devia estar relaxada e de pernas esticadas. 
Mas não deixei que a preguiça levasse a melhor. Estou a aproveitar a Maria como filha única, enquanto os rapazes não chegam da escola. 
Às vezes é mesmo preciso olhar de soslaio para o cansaço.
Ainda tenho presépios para montar, cartas por escrever ao Pai Natal, trabalhos de casa para corrigir, e tudo às avessas.
Em simultâneo, tenho "destralhado" tudo em casa.
De ponta a ponta.
Nao quero nada que não sirva.
Que não se use.
Que seja tralha.
Não quero brinquedos a mais.
Sapatos a mais.
Já tenho sacos cheios para dar.
Tenho tratado pouco do corpo (roubo muitas horas ao sono), mas tenho a alma a caminhar para o sítio certo.
Este mês, a nossa família anda a reboque das nossas andanças.
Enquanto andamos mais ocupados com o trabalho, os miúdos constroem memórias profundas com os avós, com a promessa que em Janeiro vos deixamos sossegados!!! :)
(A Maria adormeceu)
Vou apanhar os tupperwares espalhados pela casa.
Se não conseguir vir aqui antes: BOAS FESTAS pessoas maravilhosas!!!


A minha companheira de hoje!!!

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Detalhes dos nossos dias

O meu amor por vocês está em todo o lado.
Nos detalhes deliciosos dos nossos dias.
No simples.
Quando abro a janela e deixo que o sol vos desperte, devagarinho. 
No aconchego quando vos deito.
Em cada segundo empregue na construção da nossa família. 
Na liberdade que vos dou.
No abraço agradecido que dou ao vosso pai, depois dele embalar a Maria durante a noite. 
Nas paredes de casa. A nossa casa - onde crescemos e nos ajustamos. 
Nas pinhas que pintamos à noite na varanda - quando eu já estou no limite do cansaço.
Nas emoções que não escondemos. Na transparência das nossas fragilidades.
Não há receitas que não sejam falíveis.
Não sigo receita nenhuma. Só a minha intuição.
E dou tantas cambalhotas, conforme é possível para meter o tempo a nosso favor.
Porque vos amo incondicionalmente - aos quatro.
E tenho uma vontade enorme de saborear cada momento juntos.
A ambição de NOS ver crescer.
Vocês fazem-me sonhar com tudo o que está para vir.

(Não vivemos de acordo com o que outros pensam. O que é suposto, ou comum. Somos muito mais nós quando estamos de pés descalços a explorar um lugar qualquer. E agora com uma vontade gigante de comprar uma autocaravana e fugir por aí...)









terça-feira, 8 de novembro de 2016

Gestão do tempo

São três. São seguidos. São elétricos e maravilhosos (não resisto).
O nosso segredo está na rua. 
Nas brincadeiras fora de casa. No sítio onde vivemos. 
Estão num fase que exigem muito. IMENSO!!!
O Salvador em adaptação ao primeiro ano. Os trabalhos de casa tiraram-nos um bocado a liberdade que tínhamos. Não havia responsabilidades. Era chegar e brincar. 
O Vicentinho quer as atenções todas para ele. 
A Maria começou a dar os primeiros passos. 
A alvorada pode acontecer às seis e meia da manhã. Às vezes, por milagre, alinham os sonos e descansam até às nove (no caso de ser fim de semana).
Para ser ainda mais desafiante, temos refeições para fazer, roupas para passar/lavar/estender. Coisas para arrumar e um sem fim de coisas...
Não temos ajuda diária em casa e há tarefas que precisam MESMO ser encaixadas neste ritmo alucinante. 
Um bom truque: a nossa casa tem cada vez menos móveis e mais flores.
Temos os nossos trabalhos. O do Rui mais exigente a nível de horários e tempo que passa/dorme fora.
Eu mais cansada porque seguro as pontas muitas vezes sozinha. Três são três e convém que eu também consiga tomar banho de vez em quando!!! :)
Mas os nossos horários desencontrados, encontram-nos a nós.
Temos tempo a dois. Temos tempo a cinco. Temos tempo.
Conseguirmos ser família para além das responsabilidades.
E no meio do caos.
Das birras dos miúdos.
Das pegas entre irmãos - é o pior, um desgaste.
Dos horários desencontrados.
Do cansaço de quem dorme tão pouco.
Há sempre tempo para nos alinharmos.
Para estarmos.
Para respirarmos.
Sem ruídos. 
Sem o resto do mundo.
Só nós...





segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Uma voz risonha

Dia trinta de manhã uma voz risonha acordou-me:
-Mãe acorda!!! São os meus anos!!!
Agarrei nas coisas que já tinha preparado e saímos de casa.
As celebrações são para ser levadas a sério.
O meu amor por ti é tanto, que às nove da manhã já andava eu de bandeirolas em riste, enquanto apagavas as tuas velas.
O teu sopro é o meu sopro. E o nosso fôlego é gigante.
Celebramos a tua vida. Os teus sonhos. 
O mundo já tu conquistaste, com a tua alma inquieta e carinhosa.
Uma fotógrafa que adoro, diz que o filho do meio é como uma coca-cola agitada a duas mãos... 
Um furacão.
És tu.
És dos meus, meu amor.
Dos que agitam as águas.
Opinativo.
Proactivo.
FELIZ!!!
Cheio de personalidade. De vida. De intensidade.
Porque a vida é para ser vivida.
Os dias para serem esticados.
Os minutos para serem gozados.
Cada segundo conta.
Tu és o já. És o agora.
A vida encarrega-se de te ir equilibrando.
Parabéns filho!!! Parabéns meu amor, meu tudo.
{Dizem que no meio é que está a virtude}
E já vão quatro anos de TI, e de um EU muito mais bonito!!!
Amo-te ❤
 



quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Filhos crescidos

(Aos meus aniversariantes)



Um ano Maria, nosso amor gigante e eterno.
Bonito e sereno.
Um ano sem pressas de nada. Focados em nós.
Na entrega.
Há um ano que não dormimos. O pai tem olheiras até aos pés.
Os teus irmãos completamente apaixonados por ti.
Nós rendidos a esta agitação que move os nossos dias (UMA LOUCURA!!!)
Tens seis dentes.
Dizes mamã, papá, dá.
Comilona, amorosa e tranquila (não mudes, não mudes, não mudes!!!)
DORMES MUITO MAL DE NOITE.
E quando dormes - o cansaço é tanto - que não consigo adormecer. 
Fico a olhar para ti, juro que fico.
E dou-te beijos. 
Na calma.
(Já estás no colégio - e a adaptação tem sido muito tranquila).
Estamos mais unidos, porque a cada filho se acrescentam mais planos e sonhos.
As soluções ganham terreno ao desalinho.
Fazemos tudo. Viajamos. Vamos. Aproveitamos. 
Gosto de respeitar os dias. A vida.
E é por isso que vos aproveito tanto, e com tanta dedicação.
Vivo a nossa casa. As nossas vontades. Os nossos planos.
Com a gratidão que merece esta grande bênção que a vida nos deu.
Mesmo que tudo nos falte. Que nos falhem pessoas. Nada nos falta. Estamos todos aqui.
(E este amor que por ser tão grande, chega a doer)
E tu meu Salvador, meu filho mais velho.
Digo sempre que TU me tornaste naquilo que eu sempre sonhei ser.
Tenho-te desde os meus 25 anos e desde esse dia que tenho tudo.
Hoje li que o tempo é o que nós fazemos dele, e temos aproveitado bemmmmmmm.
És o meu companheiro. O meu futebolista. Um miúdo incrível - pés na terra.
Tens os teus defeitos, eu tenho os meus, mas existe em nós um equilíbrio maravilhoso.
Começas amanhã a primeira classe. A única coisa que tranquiliza o meu coração - por já seres tão crescido - é saber que levas dentro da mochila uma bagagem gigante de momentos felizes.
E o melhor ainda está para vir.
Amo-te, meu amor.






segunda-feira, 22 de agosto de 2016

A nossa morada

Os nossos filhos são a nossa morada. 
São eles. 
É onde tudo começa e acaba.
E nós vamos enchendo estas almas de lembranças felizes. De momentos.
Também já lhes expliquei que muitas vezes temos de ser fortes perante o cinzento da vida.
Acredito que a vida começa quando descobrimos que a essência dela está nas coisas mais simples.
No prazer que temos em ser companheiros.
No amor que nos une.
Quando descobrimos a beleza de montar uma tenda num lugar qualquer.
Eles ainda estão de férias.
Trouxeram uma virose para descansar connosco nos dias de agosto que nos restam.
Para a semana a Maria faz um ano. 
São estes pequenos momentos que têm feito da nossa vida um lugar gigante e bonito de se estar.








sexta-feira, 22 de julho de 2016

Amar três filhos




A maternidade foi o mais maravilhoso que me aconteceu.
A serenidade ganhou sempre às pequenas angústias e adversidades.
Amar um filho é o maior dos amores.
Não há primeiro, segundo ou terceiro.
Não há medida. Nem lugar.
É uma paz cheia de medos.
É o que de maior existe.
O dia em que nasce um filho, é o melhor dos dias, o melhor do mundo.
Nasce um filho, nasce uma mãe.
Nasce uma vida e percebemos o sentido da nossa.
E nada se sobrepõe a esse ser, a esse cheiro, e a esse toque.
Nada é mais sagrado do que aquela vida.
O nosso bebé.
Tudo muda. 
Mudamos nós. Mudamos os outros.
Nasci três vezes.
Sou uma mãe diferente para cada um deles.
Sou uma mãe sem pressa.
Quero tempo.
Foco.
Quero os banhos, os ranhos, as birras.
Quero os colos. A alegria e o desalinho.
O melhor e o pior.
A plenitude.
Sei que vou falhar - e que eles se vão lembrar.
Mas o meu abraço e o meu colo vão ser a casa deles - sempre.
E o deles a minha.
Casar-me com o rui foi o nosso equilíbrio.
O segredo da nossa equação.
Ele é a infraestrutura e o contrapeso.
Quero o encanto e o desencanto.
Quero tudo.
Quero este amor.
Quero a rotina.
Quero todos os dias.
Todos. Todos. Todos.

segunda-feira, 18 de julho de 2016

3 + 2 = GRATIDÃO






Mesmo nos dias que não me mexo, que tenho olheiras até aos pés, que mal vejo o meu marido, mesmo nesses dias cinzentos, digo sempre: três filhos é uma MARAVILHA!!!
E é.
É tudo de bom.  
De repente olho para nós e muita coisa mudou. 
Já não tenho três bebés.
Tenho dois miúdos incríveis e um bebé. 
O Salvador deixou de caber na roupa e adora as horas a mais de sono que o fim de semana oferece. 
Está um companheirão.
O vicentinho - está um reguila amoroso.
Cabelo liso. Loiro. Um corpanzil.
A falar ainda é muito bebé. 
-Mãe acabei de ver dois pius e três caõs!!!
Gosta de ser o último a adormecer, para me ter mais tempo para ele. 
Continuo a ser tudo para eles. A mais alegre. A mais amiga. A mais bonita. 
(E eu rezo para que esta fase de apego gigante se prolongue)
A Maria está enorme.
É um doce. 
Gostamos da praia logo de manhã e mesmo ao final do dia. 
Aguenta estoicamente as nossas andanças. 
Os nossos mergulhos às nove da noite. 
E já adormeceu - várias vezes - com a paz do pôr-do-sol. 
Tem dez meses. Quatro dentes. 
Para estar feliz basta-lhe a nossa companhia, a barriga cheia e um colo para adormecer. 
Nós damos cambalhotas com o tempo, fazemos ginástica com o dinheiro, e a parte mais dura, tentamos gerir o cansaço. 
Roubamos muitas horas ao sono. Vivemos para estar juntos. 
Para usufruirmos de cada dia que a vida nos oferece.
Viver é muito mais do que estar vivo.
É acordar e agradecer.
Porque nos temos, e temos tudo.

(Vivo para eles)


sexta-feira, 1 de julho de 2016

Heartfulness

Dificilmente alguma coisa me fará tão feliz quanto isto:
Seis da manhã. Nós e o nascer do sol.



A Maria fez dez meses.
O Salvador vai entrar na escolaridade obrigatória. 
E o Vicentinho já faz quatro anos, em Outubro. 
As decisões que tomo são quase todas com o coração.
São três filhos seguidos que precisam de tempo e de nós.
Tento equilibrar a balança o melhor que consigo.
A Maria não aceita chucha. 
É uma bebé tranquila, deliciosa, muito nossa. Dos irmãos.
Ainda mama MUITO. 
Os irmãos continuam uma excitação com ela, e com a vida no geral.
Brincam os três na praia ao nascer e pôr-do-sol.
Fazemos tudo. Temos aproveitado tanto. 
O nosso corpo dá sinais de cansaço, mas cada um deles já é o reflexo desta nossa entrega...