Não escrevo há mil anos.
É hoje.
É hoje.
Os trinta anos - tenho 33 - deram-me o empurrão que faltava para me avaliar e a mudança levou a melhor.
Tenho alguma estrutura que me permitiu arriscar mas com três filhos tive medo que o pára-quedas me falhasse.
Estou muito tempo sozinha com eles e o nosso dia-a-dia é feito em torno dessa premissa.
Já não idealizo serões tranquilos nem a vida sem alguns medos e angústias.
Já não idealizo serões tranquilos nem a vida sem alguns medos e angústias.
Mas também nunca valorizei tanto as coisas mais simples.
Nunca estimei tanto as amizades como agora. Os mergulhos, os brindes, o tempo.
Tenho retirado o fundamental das desilusões sem me aprofundar nelas.
Nesta casa não há palmadas e francamente não me lembro da última vez que me meti um filho de castigo.
Há uma aprendizagem diária de como nos devemos incentivar, ajudar e respeitar.
Foi bom chegar aqui.
Ao que funciona para nós e nos permite ter uma vida feliz.
Arrisquei - muito incentivada pelo meu marido que sempre viu em mim uma mulher que eu própria desconhecia.
Sempre acreditou antes de eu acreditar.
- Sempre fui a pessoa mais insegura do mundo.
Há negócios que caem.
Há dias em que salto a parte dos banhos, as sopas ficam por fazer e a roupa por passar.
Há dias que olho para mim no trabalho e assusto-me.
Mas todos os dias gosto cada vez mais de nós.
Há tanta generosidade na maneira como nos vemos.
Mas todos os dias gosto cada vez mais de nós.
Há tanta generosidade na maneira como nos vemos.
Há verdade, conquista, sacrifício.
Há tanta partilha, desporto, desenhos, há tantas falhas e tanto amor.
Temos feito um caminho tão bom até nós e eu tenho feito um GIGANTE até mim...
Temos feito um caminho tão bom até nós e eu tenho feito um GIGANTE até mim...